Para o psicólogo Howard Gardner (1943), a dança é uma forma de inteligência cinestética, uma habilidade que possuímos para resolver problemas através do controle dos movimentos corporais. Ao observar coreógrafos trabalhando, vemos que para terem êxito eles usam inteligência musical, visual, verbal e interpessoal.
Um outro exemplo é o caso de pessoas com algum tipo de defi ciência auditiva, que buscam empregar meios não-verbais para se referir a coisas que estão espacial e temporalmente afastadas delas.
Além disso, quando observamos crianças pequenas, percebemos o quanto seus gestos fornecem indicações do que a criança está pensando, e também de seus processos mentais e representações. Isso nos faz pensar que quando usamos nosso corpo inteiro como instrumento de dança, nosso potencial de comunicação ultrapassa em muito os simples gestos com as mãos.
A dança contém seqüências de movimentos corporais com um sentido defi nido, intencionalmente rítmicas, e culturalmente infl uenciadas, escolhidas de forma muito semelhante à escolha de seqüências de linguagem verbal, visual ou musical. Dessa forma, compreendemos que a dança possui um vocabulário (passos e gestos), uma gramática (regras para justifi car por que um movimento pode se seguir a outro), e significados múltiplos, por ser uma forma de arte. As pessoas "lêem" e "escrevem" a dança a partir da perspectiva de suas culturas e experiências pessoais, por isso acreditamos que a arte é tão importante: quanto mais a conhecemos, mais temos matéria-prima para fazer e criticar arte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário